Mais de 85% da categoria é composta por mulheres que enfrentam jornadas exaustivas e sobrecarga de trabalho. A PEC 19 pode garantir dignidade e melhores condições para essas profissionais.
Neste 8 de março, é necessário falar sobre a realidade da Enfermagem, uma profissão composta por mais de 85% de mulheres, entre enfermeiras, técnicas e auxiliares de Enfermagem. A jornada dessas profissionais vai muito além do ambiente hospitalar. Além da sobrecarga de trabalho e da pressão emocional inerente à profissão, muitas dessas mulheres ainda acumulam funções como mães, esposas e donas de casa, vivendo uma rotina de dupla ou até tripla jornada. O impacto dessa se materializa na saúde mental e no bem-estar dessas trabalhadoras, que, mesmo sendo a espinha dorsal do sistema de saúde, ainda enfrentam baixos salários e falta de condições adequadas de trabalho.
É nesse contexto que a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 19/2024 surge como um instrumento para garantir dignidade e justiça para essas mulheres. A PEC propõe a fixação de um índice de reajuste para o Piso da Enfermagem e a regulamentação da jornada de trabalho em 30 horas semanais.
A valorização da Enfermagem passa, necessariamente, pelo reconhecimento das dificuldades enfrentadas por essas profissionais e pela garantia de direitos que evitem o adoecimento físico e mental decorrente da sobrecarga laboral.
Que esta data seja mais do que uma celebração; mas um marco para a defesa dos direitos das trabalhadoras da Enfermagem, para que possam exercer sua profissão com dignidade, segurança e respeito.
Fonte: Ascom/Coren-DF