A Enfermagem brasileira mostrou mais uma vez sua capacidade de reinventar o cuidado. Foi com essa sensibilidade aliada à ciência que a sessão científica “Inovação e tecnologia no cuidado com a pessoa com lesões de pele” ganhou destaque na programação do 27º Congresso Brasileiro dos Conselhos de Enfermagem (CBCENF), na tarde dessa quarta-feira (10), em Salvador.
O debate contou com a coordenação de Rosana Furman, especialista em estomaterapia, que ressaltou práticas inovadoras no cuidado com lesões de pele. “Esse é um campo que exige preparo, atualização constante e responsabilidade. Quando o enfermeiro está qualificado, conseguimos transformar realidades e oferecer resultados muito mais seguros para os pacientes”, afirmou Rosana.
Amanda Gaspar, referência em Enfermagem dermatológica, destacou a importância de integrar conhecimento técnico e tecnologia no tratamento. A enfermeira Sandra Bezerra, também especialista em estomaterapia, trouxe experiências sobre protocolos que fortalecem a atuação do enfermeiro nessa área.
A mesa teve ainda a contribuição de Priscila Sckarlat, especialista em Enfermagem dermatológica e idealizadora da Enfermagem regenerativa, que defendeu o protagonismo da categoria na cicatrização e regeneração tecidual. Encerrando as discussões, Érica Bezerra, especialista em dermatologia e tratamento de feridas, apresentou perspectivas sobre o uso seguro de tecnologias no cuidado de pacientes com lesões de maior complexidade.
Regulamentação da Enfermagem no tratamento de feridas
Além da inovação tecnológica, a sessão destacou a importância da regulamentação da Enfermagem no cuidado com lesões complexas, dando enfoque a Resolução Cofen 787/2025, que define a atuação da equipe de Enfermagem na promoção, prevenção, tratamento e reabilitação de pessoas com lesões cutâneas.
A norma reforça a autonomia do enfermeiro na avaliação clínica, na prescrição de coberturas e no uso de tecnologias adjuvantes, desde que haja formação adequada, incluindo pós-graduação lato sensu e carga horária prática supervisionada.
Fonte: Ascom/Cofen
