Dez pacientes que aguardavam na lista de espera por cirurgias vasculares foram atendidos no sábado (11) no Hospital Regional de Sobradinho. Uma força-tarefa de servidores foi montada para ampliar o número de procedimentos eletivos realizados e reduzir o tempo de espera. Três das cinco salas de cirurgia permaneceram em atividade das 7h até as 20h, com cerca de 20 profissionais, entre médicos e equipes de enfermagem, se revezando no trabalho.
“Nós conseguimos fazer o mutirão porque os colegas que foram chamados no último concurso puderam participar colaborando nesse sábado”Camylla Prates Timo Gasparini, médica anestesista
De acordo com a médica Germana Gabriela Campos de Souza, especialista em cirurgia vascular, o principal resultado dos procedimentos será o ganho de qualidade de vida para os pacientes. “Quem tem insuficiência venosa crônica pode ter dor, inchaços, câimbras e coceira nas pernas. O último grau dessa doença é ter feridas”, explica a médica. Os pacientes eram homens e mulheres com idades entre 32 e 55 anos. Oito receberam alta no domingo pela manhã e dois foram para casa nesta segunda-feira (13).
A médica anestesista Camylla Prates Timo Gasparini ressalta que a força-tarefa foi formada com a participação de novos profissionais da área convocados pela Secretaria de Saúde e que haviam assumido suas funções no serviço público ao longo da semana. “Nós conseguimos fazer o mutirão porque os colegas que foram chamados no último concurso puderam participar colaborando nesse sábado”, conta. Ela destaca ainda o envolvimento de várias outras áreas do Hospital Regional de Sobradinho, desde a lavanderia e o setor logístico até o núcleo de internações e alta. “Há um empenho muito grande de todos os servidores de todos os setores”, afirma.
Em janeiro, o Hospital Regional de Sobradinho realizou uma força-tarefa semelhante para atender pacientes com hérnia. Há o planejamento para a mesma ação ser repetida para outras especialidades. “O objetivo é otimizar o uso de recursos humanos, como equipes cirúrgicas e de anestesistas. Assim, proporcionando também uma diminuição na fila de cirurgia”, explica o diretor da unidade, Bruno Guedes. O médico detalha ainda que a situação enfrentada atualmente ainda é reflexo do período mais crítico da pandemia de covid-19, quando os procedimentos eletivos foram adiados.