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Congresso Mundial de Medicina Integrativa reúne pesquisadores no Brasil e destaca papel da Enfermagem

Estande do Cofen recebeu muitas visitas durante o congresso internacional, como representantes do Ministério da Saúde

Inspirado no conhecimento tradicional e movido pela pesquisa, o 3º Congresso Mundial de Medicina Tradicional, Complementar e Integrativa (3rd WCTCIM) reuniu, entre os dias 15 e 18 de outubro, mais de mil participantes de diversos países no Riocentro, no Rio de Janeiro. Esta foi a primeira edição do evento realizada no Brasil e em todo o Hemisfério Sul, marcando um momento histórico para a saúde integrativa global.

Organizado pelo Consórcio Acadêmico Brasileiro de Saúde Integrativa (CABSIN), pela Sociedade Europeia de Medicina Integrativa (ESIM) e pela Sociedade Internacional para Pesquisa em MTCI (ISCMR), o evento celebrou o 20º aniversário do Congresso Internacional de Pesquisa em MTCI e o 17º Congresso Europeu de Medicina Integrativa. Paralelamente houve, também, o lançamento da nova Estratégia de Medicina Tradicional 2025–2034 da OMS e homenagem pelo Dia Mundial da Medicina Tradicional, celebrado em 22 de outubro.

Cofen apoia e fortalece práticas integrativas

O Conselho Federal de Enfermagem (Cofen) foi um dos apoiadores oficiais do congresso, reafirmando seu compromisso com o fortalecimento das práticas integrativas no Brasil e no mundo. A presença da Enfermagem foi marcante, com um estande que refletiu a importância da categoria como protagonista nas práticas integrativas. O espaço recebeu grande fluxo de visitantes, especialmente enfermeiros, que se identificaram com as propostas apresentadas. 

A participação do Cofen reforçou a articulação entre pesquisa, prática e política pública. Segundo Talita Pavarini, membro da Câmara Técnica de Enfermagem em Saúde do Neonato e da Criança do Cofen e assessora técnica em Práticas Integrativas, “a Enfermagem tem papel estratégico na consolidação das práticas integrativas no Brasil. Nossa presença no congresso reafirma o compromisso da categoria com uma saúde mais humana, plural e baseada em evidências.” Ela ministrou a palestra sobre “Enfermagem em Práticas Integrativas e Complementares: Evidências para o Fortalecimento do Sistema Único de Saúde”.

Enfermagem teve destaque em palestra durante o evento

Conselheiros regionais de diversos estados, coordenadores de câmaras técnicas, profissionais com atuação acadêmica e representantes da Associação Brasileira de Enfermeiros Acupunturistas e Enfermeiros de Práticas Integrativas (Abenah) – órgão reconhecido pelo Cofen – marcaram presença no evento, assim como colaboradores e acadêmicos, que fortaleceram o suporte técnico e político da categoria.

Marta Macedo, conselheira regional do Conselho Regional do Espírito Santo (Coren-ES) e coordenadora da Comissão de Práticas Integrativas e Complementares em Saúde do Regional, também destacou a relevância da participação da categoria: “Foi emocionante ver tantos profissionais da Enfermagem engajados, trocando experiências e fortalecendo redes. O congresso mostrou que estamos no caminho certo para ampliar o reconhecimento das práticas integrativas como parte essencial do cuidado”.

As discussões foram guiadas por dez princípios que refletem os valores centrais do congresso: inclusão, diversidade, evidência científica, patrimônio, colaboração, sustentabilidade, acessibilidade, inovação, transparência e impacto no mundo real. Esses pilares reforçam o compromisso com uma saúde pública global mais equitativa, plural e sustentável.

Articulação política e propostas da Enfermagem para o Ministério da Saúde

O evento contou com a presença de atores estratégicos, como Sonia Venâncio, coordenadora-geral de Atenção à Saúde das Crianças, Adolescentes e Jovens do Ministério da Saúde, e outros representantes da pasta. A Secretaria Estadual e Municipal de Saúde de São Paulo e profissionais internacionais prestigiaram o evento, que foi espaço para intensa troca de experiências, assim como apresentação de demandas e desafios enfrentados na prática profissional.

O Ministério da Saúde apresentou demandas específicas à Enfermagem durante o congresso, com o objetivo de ampliar e qualificar a implementação das práticas integrativas no SUS. A pasta destacou a importância da continuidade das discussões com a categoria para garantir avanços concretos e sustentáveis na atenção à saúde. A organização e representatividade do Cofen foram reconhecidas como fundamentais nesse processo, e diversos congressistas reforçaram a necessidade de reativar a comissão de práticas integrativas no âmbito do Conselho Federal, como instrumento para o diálogo e a evolução do tema na profissão.

“Este congresso representa um espaço fundamental para o diálogo entre saberes tradicionais, ciência e políticas públicas. É por meio dessa articulação que conseguimos fortalecer a atenção integral à saúde e ampliar o acesso às práticas integrativas no SUS”, lembrou Daniel Amado, gestor no Núcleo Técnico de Gestão da PNPIC do Departamento de Prevenção e Promoção da Saúde/SAPS do Ministério da Saúde.

 

Fonte: Ascom/Cofen – Tânia Moraes

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