Uma ferramenta essencial na prática da assistência em saúde e que valoriza o protagonismo do profissional de Enfermagem. A importância dos “Exames laboratoriais na prática assistencial” foi tema de um dos cursos que abriram a programação científica do 27º Congresso Brasileiro dos Conselhos de Enfermagem (CBCENF), nesta segunda-feira (8/9). Ministrada pela enfermeira e professora da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), Amanda Guedes dos Reis, a capacitação atraiu centenas de estudantes e profissionais.
Durante o curso, o público teve acesso aos detalhes sobre a importância do uso das técnicas adequadas nos exames, desde a coleta de material, processamento e interpretação e como essas análises podem identificar quadros de infecções e/ou inflamações, que conseguem apontar doenças ou condições de saúde. Um dos pontos abordados foi a perspectiva futura e como as novas tecnologias poderão contribuir para diagnósticos cada vez mais rápidos e precisos.
Mas segundo Amanda Guedes, sem o atendimento humanizado, as novas tecnologias podem não surtir o efeito esperado. “A clínica ainda é soberana, pois nós cuidamos de pessoas. Então quando a gente fala de exame laboratorial, a princípio a gente tem a intenção de pensar em valores de resultados, em referência. Mas se eu não conheço o paciente, eu não consigo fazer uma boa interpretação de análises. Inclusive, o enfermeiro que não conhece o paciente, não consegue solicitar os resultados laboratoriais que são necessários”, ressalta.

Os tópicos apresentados durante o curso agradaram o público. A enfermeira Natália Pereira contou que ficou surpresa com o aprofundamento dos assuntos. “Percebi a importância intensificar meus conhecimentos sobre os exames laboratoriais para identificar como é que está o quadro clínico do paciente. Achei muito interessante. Foi incrível”, resume animada.
Integrante da comitiva do Pará, a estudante Maria Gabriela Laureana conta que foi atraída pela programação, pois sonha em se especializar na área de exames laboratoriais. “Eu quero muito entrar para essa área e vi nesse curso uma forma de ensinamento muito hábil. Eu gostei da forma como ela falou, achei bem interessante. Vou procurar colocar em prática a forma como ela estava ensinando, porque, apesar de ser um campo amplo e fácil de lidar, só na prática para realmente entendermos tudo que ela estava dizendo”.
Para a facilitadora, o tema integrar a programação do CBCENF é uma das provas do avanço da Enfermagem brasileira. “Conseguir instrumentalizar os enfermeiros sobre análises clínicas laboratoriais, que durante muitos anos ficou com outras especialidades e outras profissões da saúde, e hoje trazem nosso protagonismo e autonomia, é uma honra”, conclui Amanda.
Fonte: Ascom/Cofen