Por Abnor Gondim
O Hospital de Base, administrado pelo IgesDF (Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal), foi incluído na rede pública encarregada de prestar serviços na Linha de Cuidados da Doença Renal Crônica, que envolve pacientes em estágio final da doença.
A decisão foi publicada nessa segunda-feira (18) no Diário Oficial do Distrito Federal. Trata-se da Deliberação nº 16, aprovada em 10 de maio, por unanimidade, pelo plenário do Colegiado de Gestão, da Secretaria de Estado de Saúde do Distrito Federal.
Além do Hospital Regional de Santa Maria (HRSM), também administrado pelo IgesDF,. foram incluídos também o Hospital Universitário de Brasília (HUB) e Hospital da Criança de Brasília (HCB)
Segundo a chefe da Unidade de Nefrologia e Transplante do Hospital de Base, Cristiane Gico, é muito importante a deliberação da Secretaria de Saúde, com a incorporação do Hospital de Base na linha de cuidado.
“A decisão da Secretaria de Saúde ajudará a definir melhor o percurso assistencial para os pacientes renais e as funções de cada unidade. A construção desse percurso facilitará o cuidado do paciente, podendo mudar a evolução da doença e favorecer o cuidado integrado”, reforçou.
Jornada do paciente
De acordo com a chefe de Nefrologia, as linhas de cuidados são padronizações técnicas que explicitam informações relativas à organização das ações de saúde no sistema.
Nessas informações, incluem-se as rotinas do itinerário (jornada) do paciente, a exemplo das informações relativas às atividades de promoção, prevenção, tratamento e reabilitação, a serem desenvolvidas pela equipe multidisciplinar de cada serviço de saúde.
Acrescentou que as linhas de cuidado viabilizam a comunicação entre as equipes, serviços e usuários de uma rede de atenção à saúde, com foco na padronização de ações, organizando uma continuidade assistencial.
As linhas de cuidado possuem os seguintes objetivos: Orientar o serviço de saúde de forma a centrar o cuidado no paciente e em suas necessidades; Demonstrar os fluxos assistenciais, com planejamentos terapêuticos seguros nos diferentes níveis de atenção;
Estabelecer o “percurso assistencial” ideal dos indivíduos nos diferentes níveis de atenção de acordo com suas necessidades.
Esclareceu que as linhas de cuidado foram criadas sob a perspectiva do cenário de saúde pública brasileira. Alertou que sua implantação deve ter a Atenção Primária em Saúde como gestora dos fluxos assistenciais, responsável pela coordenação do cuidado e ordenamento das redes de atenção à saúde.