O acolhimento humanizado a recém-nascidos privados da presença materna durante a hospitalização agora é lei no Piauí. O governador Rafael Fonteles sancionou a Lei estadual 8.448/2024, que versa sobre a implementação do projeto “Hora do Colinho” na rede pública de saúde do Piauí.
A hora do colinho começou a ser praticada durante a pandemia, no centro obstétrico da maternidade Frei Damião, em João Pessoa. O choro constante dos bebês isolados em UTI (unidade de terapia intensiva) por estarem sem a presença das mães – internadas ou mesmo mortas pela covid-19 – preocupava a enfermeira Mariluce Ribeiro. “Isso me inquietou o coração como profissional e como mãe. Então comecei a dar meu colo para eles, porque a mão que medica também tem o colo que acalenta. E comecei a observar as reações deles”, afirma a idealizadora do projeto.
Os resultados foram visíveis. “Os benefícios vão desde aumento do tempo de sono, a ganho de peso, melhor absorção da dieta e diminuição do choro. Além disso, a alta é mais rápida”, explica Mariluce. A técnica aprimora a respiração e promove a expansão da caixa torácica do bebê, o que auxilia o funcionamento do intestino e do estômago com o movimento.
A Hora do Colinho recebeu parecer técnico favorável do Conselho Federal de Enfermagem (Cofen), reconhecendo a legalidade e adequação do Protocolo Operacional Padrão (POP), com potencial de replicação. O protocolo já é lei na Paraíba e no Acre. O Projeto de Lei 2956/2021, proposto pela deputada Edna Henrique (PSDB), a “Hora do colinho” em âmbito nacional.
Fonte: Ascom/Cofen