“A máquina não terá ideias originais, mas poderá manipular símbolos e fazer o que humanos já fazem.” A frase da falecida matemática Ada Lovelace ainda soa atual. A partir dela, Abel Menezes e Rodrigo Guimarães, palestrantes no 27° CBCENF, traçaram um paralelo entre passado e presente da relação entre humanos e máquinas nesta segunda-feira (8), durante o curso “Uso da Inteligência Artificial para o fortalecimento das boas práticas científicas”.
A Inteligência Artificial (IA) foi apresentada como ferramenta de auxílio ao ser humano nos processos de pesquisa, com a ressalva de que deve ser usada seguindo preceitos éticos. “Na prática profissional, os enfermeiros são agentes do conhecimento e, para chegar a resultados, aplicam instrumentos como pensamento crítico e reflexivo”, afirmou Menezes.

“Pensando no pesquisador, a IA serve para descobrir novas e melhores formas de assistir, gerenciar,
pesquisar e ensinar em Enfermagem, além de apoiar qualquer outra atividade que desenvolva o trabalho profissional na área.”
Alunos e professores puderam compartilhar experiências positivas e negativas quanto a tecnologia e seu nível de confiança. “Eu sou professor de anatomia e fisiologia. Quando preciso criar um caso clínico, ela me ajuda bastante, embora seja necessário conferir e ajustar”, afirmou Bruno, participante do evento.
Em 2024, a CNN Brasil divulgou uma matéria mostrando que cerca de 46 projetos sobre regulação de IA estavam tramitando nas casas legislativas. No curso, foram abordadas questões semelhantes, como direitos autorais, extração e reprodução de conteúdo relacionado à IA, além do uso desses conteúdos por instituições de pesquisa. A Committee on Publication Ethics (COPE), instituição internacional que regula a ética em periódicos científicos, foi indicada como referência para nortear os pesquisadores.
E tem mais…
“Aplicando a Inteligência Artificial na Enfermagem: do básico a prática” foi tema de palestra realizada por Luiza Werneck no primeiro dia do Congresso (8/9), que apresentou uma lista de ferramentas que podem auxiliar enfermeiros diariamente, tornando processos de trabalhos mais eficientes.
“O problema não está na tecnologia. Tudo que a gente pegar da IA precisa de análise crítica. É só um esboço para adiantar, mas você precisa avaliar se a informação é verdadeira, se o processo está correto e ajustar conforme a experiência clínica.” afirmou Werneck.
Entre os recursos apresentados, estão prontuários eletrônicos que registram dados de forma automática e plataformas de apoio ao diagnóstico. Também foram citadas ferramentas que permitem gravação de consultas, transcrição automática para o prontuário e análise de laudos, sempre com necessidade de avaliação crítica pelo profissional responsável.
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Fonte: Ascom/Cofen