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Ministério monitora três casos suspeitos de varíola dos macacos

Por Kleber Karpov

O Ministério da Saúde informou nesta terça-feira (31/Mai) o monitoramento de três casos suspeitos de varíola dos macacos no país. As notificações ocorreram em Santa Catarina, no Ceará e Rio Grande do Sul. Até o momento, não há casos confirmados da doença no país.

Dados das secretarias estaduais aponta, no Ceará, caso suspeito, de um residente de Fortaleza e foram encaminhadas medidas de isolamento domiciliar e coleta de material para exames. No Rio Grande do Sul, um homem, de Portugal, em viagem para Porto Alegre, está com suspeita de infecção pela varíola dos macacos, desde sexta-feira (27). E em Santa Catarina, uma mulher, de 27 anos, moradora da cidade de Dionísio Cerqueira, apresentou sintomas no último dia 24 e aguarda o resultado dos exames laboratoriais.

Varíola dos Macacos

A varíola dos macacos, ou varíola dos símios, como também é chamada, se assemelha à varíola humana – erradicada em 1980. A doença ocorre, principalmente, na África Central e Ocidental e os casos costumam aparecer nas proximidade de florestas tropicais onde há animais que carregam o vírus.

Transmissão

Entre 2018 e 2021, apenas sete casos de varíola dos macacos foram relatados no Reino Unido, alguns desses, registrados em pessoas com histórico de viagens para países endêmicos. Porém, em 2022, nove casos já foram confirmados, seis deles sem relação com viagens, até o último dia 18, segundo a Agência de Segurança em Saúde do Reino Unido (UKHSA, na sigla em inglês).

Portugal, nesta terça-feira, registrou 100 casos confirmados de pessoas contaminadas com varíola dos macacos e segue Espanha e Reino Unido, todos com mais de uma centena de casos registrados. Esse último com um rítmo mais acelerado de surtos, com um salto de  77 casos nessa terça-feira (31/Mai) com um total de 179 infectados. A Espanha, por sua vez, registrou 34 pessaos infectadas nos últimos sete dias, com 132 casos de pacientes contaminados.

No mundo, mais de 500 pessoas foram contaminadas com a varíola dos macados. Cerca de 100 casos a mais que no início da última semana. Dados esses, suficientes para a Organização Mundial de Saúde (OMS) alterar a classificação de médio para “risco moderado” de contaminhação de pessoas.“O risco à saúde pública pode se tornar alto se esse vírus explorar a oportunidade de se estabelecer como um patógeno humano e se espalhar para grupos com maior risco de doenças graves, como crianças pequenas e pessoas imunossuprimidas”, apontou a OMS em comunicado publicado no domingo (29/Mai).

De acordo com o Instituto Butantan, a varíola dos macacos pode ser transmitida pelo contato com gotículas exaladas por alguém infectado (humano ou animal), pelo contato com as lesões na pele causadas pela doença ou por materiais contaminados, como roupas e lençóis. O período de incubação da varíola dos macacos é geralmente de seis a 13 dias, mas pode variar de cinco a 21 dias. Por isso, pessoas infectadas precisam ficar isoladas e em observação por 21 dias.

De acordo com o Instituto Butantan, a varíola dos macacos pode ser transmitida pelo contato com gotículas exaladas por alguém infectado (humano ou animal), pelo contato com as lesões na pele causadas pela doença ou por materiais contaminados, como roupas e lençóis. O período de incubação da varíola dos macacos é geralmente de seis a 13 dias, mas pode variar de cinco a 21 dias. Por isso, pessoas infectadas precisam ficar isoladas e em observação por 21 dias.

Imunização

Um alerta da OMS, relacionado a vulnerabildiade da população mundial, ocorre em decorrência da falta de vacinação contra a varíola dos macacos. A única disponibilidade de vacina atua contra a varíola humana, e deixou de ser produziada em larga escala, uma vez que a doença foi erradicada na década de 80. “Uma grande parte da população é vulnerável ao vírus da varíola dos macacos, pois a vacinação contra a varíola, que confere alguma proteção cruzada, foi descontinuada desde 1980 ou antes em alguns países.”, ponderou.

Sintomas

Os sintomas iniciais da varíola dos macacos incluem febre, dor de cabeça, dores musculares, dores nas costas, linfonodos inchados (íngua), calafrios e exaustão. Lesões na pele se desenvolvem primeiramente no rosto e depois se espalham para outras partes do corpo, incluindo os genitais. As lesões na pele parecem as da catapora até formarem uma crosta, que depois cai.

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