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Quarta-feira, Setembro 24, 2025
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Paracetamol não causa autismo, reforçam OMS, EMA, NHS e Ministério da Saúde

Paracetamol permanece como analgésico de primeiro escolha na gravidez

O paracetamol é o analgésico mais seguro na gestação e lactação. Após as declarações inconsistentes do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, na Assembleia Geral da ONU, autoridades sanitárias de todo o mundo reforçaram a segurança do medicamento e descartaram relação com o autismo. Analgésicos devem ser usados na menor dose eficaz e por tempo limitado.

O Ministério da Saúde do Brasil publicou nota indignada: Em defesa da ciência, o Ministério da Saúde reforça: paracetamol não causa autismo! A pasta reforçou a importância de reverter os prejuízos causados pelo negacionismo no Brasil, “que impactou na adesão da população às vacinas em um país que já foi referência mundial”.

A Agência Europeia de Medicamentos (EMA) esclareceu que a recomendação de uso de paracetamol na gravidez permanece, e reforçou a importância do uso racional de analgésicos, optando pela menor dose eficaz, durante o menor tempo possível e com a menor frequência possível. 

“O paracetamol continua sendo uma opção importante para tratar dor ou febre em gestantes. Nossa recomendação se baseia em uma avaliação rigorosa dos dados científicos disponíveis e não encontramos evidências de que o uso de paracetamol durante a gravidez cause autismo em crianças”, afirmou Steffen Thirstrup, diretor Médico da EMA.

No Reino Unido, o paracetamol é analgésico de “primeira escolha” para gestantes, conforme as diretrizes do Serviço Nacional de Saúde (NHS). Estudos populacionais amplos, como o publicado em 2024 na Jama, não associam o uso na gravidez ao aumento do risco de autismo e outras neurodivergências.

“Alguns estudos observacionais sugeriram uma possível associação entre a exposição pré-natal ao paracetamol e o autismo, mas as evidências permanecem inconsistentes”, disse o porta-voz da OMS, Tarik Jasarevic. “Vários estudos não estabeleceram tal relação”, reforçou.

O número de diagnósticos de autismo cresceu nas últimas décadas.  Dados do Censo de 2022 no Brasil mostram que 2,4 milhões de pessoas declararam ser autistas. Pesquisas destacam que esse aumento ocorreu, principalmente, pela ampliação dos critérios clínicos e pelo aumento do acesso a avaliação, não representando uma “epidemia”.

Fonte: Ascom/Cofen – Clara Fagundes

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