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Saúde mental é foco de discussões em evento nacional no DF

Os direitos das pessoas com sofrimento mental por um tratamento digno e humanizado, bem como o combate ao isolamento desses pacientes, estão em pauta esta semana. Isso porque hoje, 18 de maio, marca o Dia Nacional da Luta Antimanicomial. Em alusão à data, a Secretaria de Saúde (SES) esteve presente no evento “Desinstitucionalização, direitos humanos e o cuidado em liberdade”, promovido pelo Ministério da Saúde (MS).

A Secretaria de Saúde esteve presente no evento “Desinstitucionalização, direitos humanos e o cuidado em liberdade”, promovido pelo Ministério da Saúde | Fotos: Sandro Araújo/Agência Saúde DF

A diretora de Serviços de Saúde Mental (Dissam) da SES, Fernanda Falcomer, representou a pasta e lembrou da importância da data para a conscientização da população e dos gestores públicos. “A luta antimanicomial e a garantia do tratamento humanizado são nossa prioridade. Estamos trabalhando no fortalecimento da Rede de Atenção Psicossocial [Raps] para garantir ainda mais atenção integral, acolhimento, atendimento e cuidado da população que busca tratamento da saúde mental”, explicou.

Atualmente, a SES desenvolve ações para possibilitar a ampliação dos serviços, como a construção de cinco novos Centros de Atenção Psicossociais (Caps), a habilitação de novos serviços junto ao MS e a ampliação dos leitos de saúde mental nos hospitais gerais, assim como a promoção de formações e capacitações para a qualificação do atendimento da saúde mental em sua integralidade.

Diretora de Serviços de Saúde Mental (Dissam) da SES, Fernanda Falcomer representou a pasta: “Estamos trabalhando no fortalecimento da Rede de Atenção Psicossocial para garantir ainda mais atenção integral, acolhimento, atendimento e cuidado da população que busca tratamento da saúde mental”

Estiveram presentes profissionais e estudiosos da área de saúde e representantes da SES, do MS, do Conselho Nacional de Saúde (CNS) e da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas/OMS).

O cuidado da saúde mental no DF

Por meio da Rede de Atenção Psicossocial (Raps), a SES oferece serviços que têm como base o tratamento no modelo comunitário e promove a reinserção e a reabilitação psicossocial. Só em 2022, foram realizados 291.656 procedimentos nos centros de atenção e ambulatórios especializados no cuidado da saúde mental na capital federal. Ainda assim, de janeiro a março deste ano, o número de atendimentos nos Caps foi 45,8% maior que o mesmo período do ano anterior.

O trabalho das unidades ganhou destaque no evento, cujo objetivo é reforçar a implementação das políticas de saúde mental, álcool e outras drogas e incentivar o diálogo sobre a desinstitucionalização, a atenção psicossocial e a promoção dos direitos humanos no cuidado de pessoas com sofrimento mental.

Com equipes multidisciplinares, compostas por médicos psiquiatras, clínicos e pediatras, psicólogos, terapeutas ocupacionais, assistentes sociais, equipe de enfermagem e farmacêuticos, os Caps oferecem atendimento a pessoas com sofrimento mental grave e persistente. Hoje, o DF possui 18 unidades: seis voltadas para atendimento de transtornos mentais em adultos, quatro focadas no público infantojuvenil e sete para questões de álcool e outras drogas, além do Caps I de Brazlândia, que atende a todos esses públicos.

Também funcionam na capital dois ambulatórios especializados em saúde mental: o Centro de Orientação Médico-Psicopedagógica (Compp) e o Adolescentro, que atendem transtornos mentais moderados do público infantojuvenil.

Grupo formado por atendidos no Caps II do Riacho Fundo mostra peças produzidas por eles na oficina de mosaico, coordenada pela técnica de enfermagem e terapeuta comunitária Cássia Maria da Silva Garcia (C, agachada)
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