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Técnica em enfermagem com bebê recém-nascido é ‘expulsa’ do sala onde faria prova de concurso público

por Rose Lima

Uma sucessão de erros e desinformação causou estragos na vida da jovem mãe e técnica em enfermagem Israele Francisca Nonata dos Santos, de 23 anos, no último domingo (28), durante a realização da prova do concurso da Secretaria de Saúde do Acre (Sesacre), na Escola José Ribamar Batista, em Rio Branco.

O concurso havia sido adiado, não sendo realizado na primeira data programada, data em que Israele ainda estava grávida e não teria problemas para realizar a prova. Não fosse o bastante, ela teve um problema na gestação e o pequeno Matheus nasceu prematuro, estando com 21 dias no domingo, dia da prova.

A jovem mãe não desistiu do sonho do concurso e, mesmo com seu bebê no colo e com o apoio do marido e com um bebê conforto, foi para a escola realizar a prova.

Uma sucessão de erros e desinformação causou estragos na vida da jovem mãe e técnica em enfermagem Israele Francisca Nonata dos Santos, de 23 anos, no último domingo (28), durante a realização da prova do concurso da Secretaria de Saúde do Acre (Sesacre), na Escola José Ribamar Batista, em Rio Branco.

O concurso havia sido adiado, não sendo realizado na primeira data programada, data em que Israele ainda estava grávida e não teria problemas para realizar a prova. Não fosse o bastante, ela teve um problema na gestação e o pequeno Matheus nasceu prematuro, estando com 21 dias no domingo, dia da prova.

A jovem mãe não desistiu do sonho do concurso e, mesmo com seu bebê no colo e com o apoio do marido e com um bebê conforto, foi para a escola realizar a prova.

Israele relatou ao Na Hora da Notícia que chegou à escola às 12h20 e, enquanto adentrava pelo corredor da instituição, foi abordada por uma fiscal que a indagou se ela havia solicitado a presença de um acompanhante no momento da inscrição. Israele respondeu que não e explicou que na data prevista para a realização do concurso, o bebê ainda não tinha nascido, não sendo necessário solicitar acompanhamento. No entanto, com o adiamento para uma data depois do parto prematuro, que foi através de uma cesárea, ela se viu obrigada a levar o bebê.

“Depois que expliquei para a fiscal, ela me liberou e eu fui para a minha sala. Meu esposo ficou na porta da sala. Eu assinei a ata de prova e fui orientada a ficar em um local onde o ar-condicionado não pegasse muito no bebê. E a partir daí estava só aguardando o início da prova, foi quando começou o pesadelo”, disse a jovem.

Israele disse que após seu marido ir embora, pois não havia sido solicitado que ele permanecesse na escola para acompanhar o bebê, uma pessoa se identificando como coordenadora do local, disse que a jovem não poderia fazer a prova com o bebê na sala e que seu esposo teria que retornar ou outra pessoa responsável, para ficar com o bebê enquanto ela fizesse a prova.

“Ela me pediu o meu celular, que já estava no saquinho lacrado e ligou no viva-voz, na minha sala, com todo mundo vendo e já me julgando. É como se eu não merecesse estar lá, como qualquer outra pessoa. Eles não disseram que meu esposo tinha que ficar. E agora ela disse que ele teria que chegar até 12h45 ou eu não iria fazer a prova, mas isso era 12h42, era impossível ele conseguir chegar, não foi justo”, desabafou a jovem.

Antes que Romário, esposo de Israele, chegasse de volta à escola, a jovem foi retirada da sala e ficou numa “roda” de fiscais, dizendo que ela não deveria estar ali e não deveria sujeitar um recém-nascido a essa situação. A jovem relatou que estava nervosa e em prantos no corredor da escola. Quando seu esposo chegou, já era 13h, ele foi impedido de entrar e ao ver a esposa sendo humilhada e chorando com o bebê no colo, e gravou um vídeo chamando Israele para fora, pois ela não iria mais fazer a prova.

“Eu estou com dor, minha cesárea foi complicada, estou em resguardo. Me senti humilhada, como se por ser mãe, eu não tivesse direito de fazer o concurso como todos os outros. Nós estamos buscando o melhor para nossa família e eles não foram justos comigo. Por que não me colocaram numa sala, até meu esposo chegar de volta e me deixaram fazer a prova?”, questionou ela.

O casal registrou Boletim de Ocorrência e deve acionar a justiça, tanto pedindo o cancelamento do certame como retratação pelas humilhações sofridas pela jovem no local da prova.

“Me senti impotente”, disse Romário, esposo da vítima. “Ela se preparou e mesmo com dificuldade, ela foi fazer a prova. Não foi justo o que fizeram com ela e meu filho”, desabafou Romário.

O instituto que aplicou a prova não foi localizado pela reportagem. O espaço segue aberto caso o instituto ou a Sesacre queiram se manifestar.

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