A Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (EERP-USP) lançou moção de repúdio, “de forma unânime e veemente”, à oferta de cursos de graduação a distância na Enfermagem. O documento, aprovado na quinta-feira (6/10), é uma resposta à portaria 668 do Ministério da Educação, que institui grupo de trabalho para a regulamentação de diversos cursos EaD, inclusive de Enfermagem.
“O formato EaD não oferece condições adequadas para a formação de um profissional que necessita desenvolver competência e habilidades para uma efetiva interação com pessoas, famílias e grupos da sociedade, em todo o ciclo vital, do nascimento até a morte”, ressalta a USP, ecoando consenso de especialistas.
Há unanimidade dos Conselhos Profissionais de Saúde, Conselho Nacional de Saúde, Ministério Público Federal e câmaras técnicas do próprio Ministério da Saúde sobre a necessidade de formação presencial de profissionais de Enfermagem. O Sistema Cofen/Conselhos Regionais de Enfermagem liderou mobilização em defesa do ensino presencial e de qualidade na Enfermagem, com realização de audiências públicas em Assembleias Legislativas de todo o Brasil, campanhas de esclarecimento e atuação junto ao Ministério da Educação (MEC) e o Congresso Nacional.
A presidente Betânia Santos reafirma a posição do Conselho Federal de Enfermagem (Cofen). “Os conhecimentos necessários à formação de enfermeiros, técnicos e auxiliares de Enfermagem se processam pelo ensino e assistência, sendo necessário o contato com pacientes e equipamentos de Saúde”, avalia a presidente, que também é professora da Universidade Federal da Paraíba (UFPB). “É preocupante, também, que o GT instituído pelo Ministério da Educação não tenha incluído representação obrigatória do seguimento acadêmico, que é responsável pela formação de futuros profissionais”, acrescenta.
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