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Sexta-feira, Novembro 22, 2024
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Casos de dengue têm queda de 55,5% em um mês

Dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), da Secretaria de Saúde, apontam queda no número de novos casos notificados de dengue no Distrito Federal. Foram 1.475 casos na Semana Epidemiológica 23, entre 5 e 11 de junho. Um mês antes, a Semana Epidemiológica 19, no período de 8 a 14 de maio, teve 3.522 casos. O pico foi na Semana Epidemiológica 16, entre 17 e 23 de abril, quando foram 5.124 casos notificados.

A queda nos números é reflexo das mudanças climáticas – seco e frio – associada às ações preventivas do governo, como o uso dos carros de fumacê e as ações educativas desenvolvidas pelos agentes de vigilância em parceria com as administrações regionais e outros órgãos. Só a Vigilância Ambiental realizou 1,4 milhão de visitas domiciliares de janeiro até o fim de maio.

“Poderia ser muito pior se nada tivesse sido feito. As medidas de controle são muito importantes para a redução no número de casos”Kenia Cristina de Oliveira, gerente de Vigilância de Doenças Transmissíveis

Os números refletem a realidade da Unidade Básica de Saúde nº 1 de São Sebastião, localizada na região administrativa do Distrito Federal com maior incidência de dengue em 2022. “Baixou bastante. Positivo, agora, praticamente só de covid”, conta a gerente da unidade, Simone Maciel.

A UBS conta com seis consultórios para atendimento dos pacientes com sintomas como febre e dor no corpo. Os testes de dengue prosseguem, tendo confirmado cerca de três pacientes por dia, realidade diferente de abril e maio, quando eram dezenas de pacientes diariamente. A preocupação, hoje, é evitar a contaminação por covid-19. “Se for dengue, a gente encaminha para outra sala para iniciar a medicação”, diz a gerente.

À frente da Gerência de Vigilância de Doenças Transmissíveis, a bióloga Kenia Cristina de Oliveira ressalta que 2022 foi um ano atípico do número de casos, mas que a Secretaria de Saúde reforçou as atividades de combate.

A dengue é típica de período chuvoso, mas o Aedes aegypti se aproveita de oportunidades criadas pelos humanos para se multiplicar mesmo no período de seca

“Poderia ser muito pior se nada tivesse sido feito. As medidas de controle são muito importantes para a redução no número de casos”, afirma. Até 5 de junho, foram 52.579 casos prováveis entre residentes no DF, um aumento de 466% frente ao mesmo período de 2021.

Hora de reforçar as medidas

Kenia Cristina lembra que a dengue é uma doença sazonal, com mais casos registrados durante o período chuvoso, de outubro a maio, porém, o Aedes aegypti tem se aproveitado de oportunidades criadas pelos humanos para sobreviver e se multiplicar mesmo no período de seca.

Ainda assim, a bióloga aponta que estamos no momento ideal para reduzir ao máximo o número de ambientes para a multiplicação do mosquito. “Não podemos descuidar. A seca é a hora de a gente dar uma virada”, opina.

 

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