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Domingo, Novembro 24, 2024
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Câmara Legislativa aprova indicação do novo presidente do IGESDF

Por Eder Wen

Os deputados distritais aprovaram hoje (11), em sessão ordinária, o nome do médico Juracy Cavalcante Lacerda Júnior para presidir o Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do DF (IGES). Juracy foi indicado pelo governador Ibaneis Rocha (MDB) para presidir o instituto que é responsável por administrar o Hospital de Base, Hospital de Santa Maria e Unidades de Pronto Atendimento do DF (UPAs). A indicação recebeu 19 votos favoráveis e duas abstenções da bancada do PSOL.

A deputada Dayse Amarilio (PSB) elogiou o indicado, mas fez críticas ao modelo do IGES. “Acho que o Juracy tem um currículo bom, tenho empatia por ele. Tomara que dê certo, mas infelizmente não vai dar. O IGES e a Secretaria de Saúde vivem um casamento falido. Precisamos investir na atenção primária”, afirmou. Para o deputado Chico Vigilante (PT),  “ou criamos coragem para acabar com o IGES, ou o IGES vai acabar com a saúde do DF”.

Em defesa do modelo adotado pelo IGES, o deputado Roosevelt Vilela (PL) atribuiu as falhas aos trabalhadores do instituto. “O modelo é perfeito, são as pessoas que criam problemas. É uma vergonha pra todos nós quando sai na mídia uma matéria mostrando o estado da cozinha do Hospital de Base. É inadmissível aquilo. Mas foi o modelo de gestão que causou aquilo? Não, foram as pessoas que deixaram a cozinha ficar daquela forma”, afirmou.

O deputado Robério Negreiros (PSD) lembrou que “o IGES não foi uma criação do Ibaneis, mas sim do governo Rollemberg”. O distrital também ressaltou que “o maior desafio do segundo mandato de Ibaneis é a saúde”. Para o deputado Pastor Daniel de Castro (PP), “Juracy é uma pessoa preparada, qualificada e que se dispôs a abrir mão de clinicar para ser um médico gestor”.

O deputado Gabriel Magno (PT) lembrou que a Câmara Legislativa já debateu e aprovou outras indicações para presidir o IGES. “Juracy já é o sétimo indicado em quatro anos e não será o últiimo. O problema é o IGES. O modelo não funciona”, observou. O distrital também ressaltou que o IGES recebeu R$ 1,2 bilhão em recursos públicos no ano passado. “Esse valor representa 22% do Fundo de Saúde do DF”, apontou.

Fábio Félix (PSOL) explicou porque se absteve na votação. “Estar aqui votando a sétima indicação para presidente do IGES é um absurdo. O problema não está no capitão do barco, mas no próprio barco que está naufragando. Nós do PSOL não vamos participar deste processo. Não por demérito do candidato, mas sim do instituto”, afirmou. Max Maciel (PSOL) também ressaltou que seu voto pela abstenção não se deve ao nome do indicado. “O investimento tem que ser feito na atenção básica”, disse.

SourceCLDF
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