Representantes do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) e da Secretaria de Saúde (SES) reuniram-se, nesta segunda-feira, 5 de junho, para discutir o atendimento pediátrico na rede pública. O principal tema na pauta foi o sistema de rota rápida implantado em alguns hospitais.
Nesta época do ano, as doenças respiratórias sazonais aumentam a procura pelas emergências pediátricas. Desde março, a SES iniciou o sistema de rota rápida em alguns hospitais, direcionando pacientes classificados com pulseiras verdes ou amarelas para os ambulatórios, que normalmente só atendem com horário marcado.
O promotor de justiça Vinícius Bertaia, da Promotoria de Justiça de Defesa da Saúde (Prosus), destacou aspectos positivos e negativos da iniciativa. Houve diminuição do tempo de espera por atendimento nos casos menos graves. Por outro lado, em algumas unidades, os pacientes que aguardavam por consultas com horário marcado foram prejudicados.
Ainda segundo o promotor de justiça, há hospitais que não implantaram o sistema por falta de profissionais, caso de Planaltina, e, em outros, o funcionamento da rota rápida é apenas parcial, como em Sobradinho. Os dados foram obtidos mediante requerimentos feitos aos hospitais regionais e por meio de inspeções.
Os representantes da SES avaliam como positiva a experiência com as doenças respiratórias sazonais e informaram que pretendem adotar a rota rápida de forma permanente para todo o atendimento pediátrico. Para o promotor de justiça, é necessário um plano de ação para resolver as falhas observadas. Também foi sugerida uma campanha para orientar os pais sobre as doenças sazonais, a importância da vacinação, medidas de higiene e locais de atendimento, que dependem da gravidade do quadro.
Representaram a SES na reunião o secretário-adjunto de atenção à saúde, Luciano Agrizzi, a coordenadora de atenção primária, Fabiana Soares Fonseca, e a coordenadora dos serviços de urgência e emergência, Thaís da Silva Braga.