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Sábado, Novembro 23, 2024
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CFM aponta gargalos da assistência em saúde nos 588 municípios do Brasil que fazem limites com outros países

Quatro em cada dez municípios brasileiros que estão na zona de fronteira com outros países não possuem nenhum leito de internação disponível no Sistema Único de Saúde (SUS). Além disso, 92% das 588 cidades fronteiriças não contam com leitos em Unidade de Terapia Intensiva. Nessas cidades, também é baixa a oferta de estabelecimentos e de profissionais de saúde na rede pública.

As informações compõem um levantamento sobre a assistência em saúde nesses municípios que será disponibilizado pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) nesta terça-feira (20), logo após a abertura do IV Fórum de Médicos de Fronteira, que acontece em Macapá (AP). O encontro tem como foco discutir a assistência em saúde nessa região, especialmente entre os povos indígenas e ribeirinhos.

Entre os destaques, está a participação de representantes dos Conselhos Regionais de Medicina (CRMs), Secretaria Especial de Saúde Indígena do Ministério da Saúde, Ministério dos Povos Indígenas, Exército Brasileiro e Comunidade Médica de Língua Portuguesa (CMLP).

“São localidades distantes dos centros urbanos e muitas vezes de difícil acesso. Nelas vivem uma população que também precisa ter acesso a diagnósticos e tratamentos. Por isso, a oferta de serviços públicos de qualidade tem sido um desafio”, alerta José Hiran Gallo, presidente do CFM.

Durante o evento, ele e a coordenadora da Comissão de Integração de Médicos de Fronteira, conselheira Dilza Teresinha Ribeiro, apresentarão aos participantes os principais problemas enfrentados pelos médicos nos 15,7 mil quilômetros de fronteiras, onde vivem aproximadamente 12 milhões de brasileiros.

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