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Domingo, Novembro 24, 2024
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Novo aparelho permite cirurgias urológicas menos invasivas e mais seguras

Com novos equipamentos ainda mais tecnológicos, a Secretaria de Saúde (SES) oferece aos pacientes procedimentos seguros e menos invasivos. Nesta semana, o Hospital Regional de Ceilândia (HRC) realizou sua primeira cirurgia de cálculo ureteral utilizando o aparelho óptico chamado ureteroscópio semirrígido, recém-adquirido pela pasta.

“Como a cirurgia é feita por via endoscópica, não precisamos de incisões e de cirurgia aberta. O paciente recebe alta no dia seguinte. O aparelho realmente facilita a vida do cirurgião e do paciente”Adriano Veloso, médico urologista responsável pela realização do procedimento no HRC

A cirurgia de ureterolitotripsia semirrígida com duplo J consiste em passar uma microcâmera – chamada ureteroscópio rígido – pela uretra, atingindo a bexiga e seguindo em direção ao ureter (tubo que liga o rim à bexiga) até a identificação do cálculo. Em seguida, é feita a litotripsia, com impulsos que quebram os cálculos em pedaços menores. Os fragmentos são retirados com uma cesta especial, chamada basket ou dormia.

Ao final da operação, é preciso inserir um cateter chamado duplo J – tubo fino e maleável, posicionado dentro do ureter com uma extremidade dentro do rim e outra na bexiga. Sua função é impedir que haja obstrução do ureter no período pós-operatório e facilitar a saída de cálculos que ainda estejam no paciente.

O médico urologista Adriano Veloso, responsável pela realização do procedimento no HRC, explica que o ureteroscópio rígido se aplica somente ao tratamento dos cálculos obstrutivos, que causam mais dor e sofrimento aos pacientes. “Os cálculos localizados no interior do rim não são alcançados por meio do aparelho”, justifica.

Adriano garante que a operação é pouco invasiva. “Como ela é feita por via endoscópica, não precisamos de incisões e de cirurgia aberta. O paciente recebe alta no dia seguinte. O aparelho realmente facilita a vida do cirurgião e do paciente”.

Recomendações

O excesso de sódio, a baixa hidratação e a disposição genética são os principais fatores que podem levar ao desenvolvimento de cálculo renal. De acordo com a Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), estima-se que uma a cada dez pessoas, no Brasil, sofra do quadro, que acomete, geralmente, jovens entre 20 e 35 anos, homens em sua maioria. Cerca da metade dessas pessoas terá um novo episódio de cálculo ao longo de dez anos.

Para evitar o problema, é recomendável a ingestão adequada de água e diminuir o excesso de sal e de alimentos de origem animal, em especial as carnes vermelhas. Pessoas que apresentam ou já tiveram o quadro devem evitar o consumo de alimentos embutidos, como salsicha, salame, presuntos e queijos amarelos, além de temperos industrializados, chocolates, chá preto e oleaginosas como amendoim, amêndoas, nozes e castanhas.

Os hospitais da SES disponibilizam consultórios de urologia. Para a consulta, é necessário procurar o primeiro atendimento nas unidades básicas de saúde (UBSs), onde o médico de família faz a avaliação e insere, via regulação, o pedido de consulta na especialidade.

Com apenas o número do CEP, é possível encontrar a UBS de referência pelo portal da rede, o Infosaúde.

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