
O XVII Congresso da Federação Panamericana de Profissionais de Enfermagem (Feppen) foi oficialmente aberto nesta quarta-feira (12), no RioCentro, no Rio de Janeiro, em uma cerimônia marcada pela entrada das delegações dos países-membros e pela celebração da força e da unidade da Enfermagem nas Américas. Com o tema “O poder da Enfermagem para gerar mudanças na América Latina e no Caribe”, o evento, que ocorre de 12 a 14 de novembro, reúne representantes de 19 países e cerca de três mil participantes, sendo metade do Brasil e metade das demais nações da Feppen.
Durante a solenidade de abertura, o presidente do Conselho Federal de Enfermagem (Cofen), Manoel Neri, destacou a importância do encontro como um momento histórico para a integração e o fortalecimento da profissão em escala regional. “A Enfermagem é a chave para melhorar a saúde das nações. Que a unidade da Enfermagem brasileira, que hoje construímos na prática dentro do Conselho Regional de Enfermagem do Mercosul e que une as nossas organizações, possamos também construir em todas as organizações de Enfermagem latino-americanas e caribenhas, para que essa unidade seja consolidada pela Enfermagem de toda a nossa região”, disse.
Neri ressaltou ainda que os desafios enfrentados pela Enfermagem brasileira refletem uma realidade comum em diversos países da região. “As lutas que travamos no Brasil por valorização profissional, condições dignas de trabalho, jornada justa, empoderamento, visibilidade social e representatividade política são as mesmas enfrentadas por colegas do Paraguai, da Argentina, da Costa Rica, da Bolívia e de tantos outros países, essas são as lutas da Enfermagem de todo o mundo”, afirmou.
Maria Concepción, presidente da Feppen, enfatizou que o congresso simboliza o compromisso coletivo da Enfermagem latino-americana com o fortalecimento dos sistemas de saúde e a valorização da categoria. “Este encontro representa um passo decisivo para reafirmarmos o papel essencial da Enfermagem no desenvolvimento das nossas nações. Precisamos fortalecer nossas redes de cooperação, investir em formação e liderança, e garantir que a voz da Enfermagem seja ouvida nos espaços de decisão. A união dos nossos países é o caminho para uma Enfermagem mais forte, mais respeitada e mais presente nas transformações sociais que desejamos para a América Latina e o Caribe”, declarou.
A presidente do Conselho Regional de Enfermagem do Rio de Janeiro (Coren-RJ) e deputada estadual, Lílian Behring, deu boas-vindas às delegações e destacou o orgulho do estado em sediar um evento de tamanha relevância internacional. “O Rio de Janeiro se torna, nestes dias, a capital latino-americana da Enfermagem. Receber profissionais de tantos países é um privilégio e uma responsabilidade. Esta troca de experiências é essencial para fortalecer nossa atuação e valorizar o papel da Enfermagem como protagonista nas políticas de saúde. Que este congresso inspire novas parcerias, novas lideranças e uma nova forma de pensar o cuidado na nossa região.”
O presidente do Conselho Internacional de Enfermeiras (ICN), Luis Cobos, reforçou a necessidade de dar visibilidade e voz à categoria, destacando os desafios enfrentados pelos profissionais no mundo todo. “Vencemos muitas barreiras, e as enfermeiras e os enfermeiros estão acostumados a superar dificuldades. Hoje, a Organização Pan-Americana da Saúde e a Organização Mundial da Saúde afirmam que a Enfermagem representa 57% da força de trabalho em saúde. E, como costumo dizer, se não fizermos nossa voz ser ouvida, ninguém vai nos escutar. Por isso, vamos levantar a nossa voz e, também a voz dos nossos povos. Quando falta insumo para a nossa enfermeira, é o nosso povo que não tem insumo; quando falta medicamento, é o nosso povo que não tem acesso. É hora de transformar esse discurso em ação”.
A cerimônia de abertura também reforçou o papel central do Cofen como anfitrião do congresso, responsável por coordenar debates sobre liderança, ética, formação e inovação na Enfermagem. Durante o XVI Congresso da Feppen, o presidente do Cofen, foi homenageado em reconhecimento ao seu apoio, liderança e compromisso com o fortalecimento da Enfermagem na América Latina e no Caribe.
Fonte: Ascom/Cofen



