Por Kleber Karpov
A Secretaria de Estado de Saúde do DF (SES-DF) firmou novos contratos para realização de cirurgias eletivas, com hospitais privados do DF. Tais parcerias devem permitir a nova fase da força tarefa, a realização de 849 procedimentos cirúrgicos de pacientes que aguardavam na fila de espera do SUS.
Esse é o caso de Antônio Edvan de Vasconcelos, que há um mês de completar 66 anos, foi o primeiro contemplado pelas ações da força-tarefa, as prioridades do Complexo Regulador da SES-DF. Na terça-feira (30/Mai), Vasconcelos passou por procedimento para retirada da visícula biliar, no Hospital São Mateus, sitaudo no Cruzeiro, de onde recebeu alta médica no dia seguinte. “É um novo começo! Agora posso seguir com a perspectiva de buscar novas ocupações e de ter mais conforto. Ganhei qualidade de vida”.
Força-tarefa
Segundo a secretária de Saúde, Lucilene Florêncio, entre janeiro e março desse ano, a força-tarefa, realizou mais de 3.400 cirurgias eletivas, tanto nas rede pública quanto em hospitais privados. Número esse, 25% superior aos procedimentos cirúrgicos realizados, no mesmo período, em 2022.
Em março desse ano, a então governadora interina, a vice-governadora do DF, Celina Leão (Progressista), anunciou a meta de tentar se executar 25 mil cirurgias, ocasião em que anunciou, dentre outras medidas, a força-tarefa para realização de procedimentos cirúrigcos, parcerias com a saúde privada e, a solidariedade de políticos do DF e da bancada do DF no Congresso Nacional para que direcionassem recursos destinados a Saúde do DF.
Essa foi uma forma encontrada pelo governo para para reduzir em aproximadamente 60%, a demanda reprimida de cirurgias eletivas. As filas de espera, se avolumaram, vertiginosamente, em consequência da pandemia do coronavírus que levou a suspensão de atendimentos ambulatoriais e da realização de procedimentos cirúrgicos.
Procedimentos
Dentre os procedimentos cirúrgicos, Além da operação para a retirada de vesícula, a força-tarefa deve realizar cirurgias de hernioplastia umbilical, hernioplastia inguinal e ginecologia para histerectomias (remoção cirúrgica do útero). Além das consultas pré e pós-operatórias, consulta pré-anestésica, equipamentos, insumos e curativos pós-operatórios; biópsias (para as colecistectomias e histerectomias) e internação pós-operatória por 48 horas.
O trabalho conjunto de servidores da SES e dos funcionários das instituições privadas garante a integração e a agilidade dos serviços. A secretaria libera os procedimentos conforme as prioridades médicas e disponibiliza as informações da saúde de cada paciente por meio do sistema TrackCare.
Inicialmente, os pacientes passam pelos hospitais regionais, ligados à rede pública, onde realizam os exames preparatórios. Em pouco tempo, são encaminhados às unidades particulares contratadas, com data de internação e cirurgia já marcadas.
O esforço da SES dá continuidade ao trabalho iniciado em outubro de 2022, em uma primeira fase que realizou 2.384 cirurgias.
Boas novas
No início deste ano, a SES aderiu ao Programa Nacional de Redução das Filas de Cirurgias Eletivas, Exames Complementares e Consultas Especializadas (PNRF), instituído pelo Ministério da Saúde, que tem como finalidade ampliar a realização de cirurgias eletivas em todo o país.
Assim, além do acordo com hospitais particulares já em andamento, existe previsão para contrato de instituições para realização de cirurgias em outras sete especialidades, elencadas como prioridades baseado no tamanho da fila de espera, são elas: oftalmologia, ortopedia, urologia, proctologia, otorrinolaringologia, cabeça e pescoço e vascular.
Outra ação em andamento é a retomada dos procedimentos de vitrectomia (cirurgia ocular), realizados pelo Hospital de Base.