O Conselho Regional de Enfermagem do Distrito Federal (Coren-DF) alerta todos os profissionais de enfermagem sobre a crescente ameaça representada pela M-Pox. Com a declaração da Organização Mundial da Saúde (OMS) na última semana de uma emergência de saúde pública global, a preocupação em torno da doença, também conhecida anteriormente como monkeypox, aumentou significativamente.
A M-Pox é uma doença viral que se assemelha à varíola, uma das enfermidades mais devastadoras da história, responsável por inúmeras mortes antes de sua erradicação. Embora a M-Pox seja uma versão muito mais amena, com menor taxa de mortalidade, a enfermidade continua sendo um risco significativo, especialmente para os profissionais de saúde.
A principal via de transmissão da M-Pox é o contato direto com as lesões na pele, secreções corporais ou objetos contaminados por uma pessoa infectada. Isso coloca os profissionais de Enfermagem em um grupo de risco elevado. A doença também pode ser transmitida por gotículas respiratórias, o que reforça a importância do uso de equipamentos de proteção individual (EPIs) e de medidas rigorosas de higiene.
Diante deste cenário, o Coren-DF reforça que a lavagem frequente das mãos é uma das formas mais eficazes de prevenção. O contato com feridas, secreções e objetos contaminados pode ser reduzido através desta prática simples, mas crucial. Além disso, o uso adequado de EPIs, como luvas e máscaras, é indispensável para minimizar os riscos de contaminação.
Surto global e medidas no Brasil – A OMS divulgou recentemente uma série de recomendações para os países que enfrentam o surto de M-Pox. No Brasil, o Ministério da Saúde já está em negociação com a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) para a aquisição de 25 mil doses da vacina contra o vírus. Dados do Ministério apontam que, entre 2022 e 2024, o país registrou 12 mil casos confirmados e 366 prováveis, com 16 óbitos, sendo o último em abril de 2023.
Os sintomas gerais da M-Pox incluem erupções cutâneas, febre, dor de cabeça, linfonodos inchados, dores no corpo, calafrios e fraqueza. O período de incubação do vírus pode variar de 3 a 21 dias, e a doença permanece contagiosa até que todas as crostas das erupções tenham desaparecido e uma nova camada de pele tenha se formado.
Fonte: Ascom/Coren-DF