Por Humberto Leite
Nos quatro primeiros meses de 2022, o Distrito Federal alcançou a liderança do ranking nacional de aplicação das vacinas pentavalente e contra a poliomielite em crianças com até 12 meses de idade. De acordo com dados apresentados pelo Ministério da Saúde, nesta terça-feira (28), durante o seminário Qualificação do Desempenho na Atenção Primária à Saúde, a cobertura vacinal chegou a 77% nesse público.
À frente da Coordenação da Atenção Primária à Saúde do Distrito Federal, o médico Fernando Érick Damasceno ressalta o fortalecimento das estratégias de vacinação durante a pandemia de covid-19. “Hoje, realizamos campanhas de vacinação contra a covid-19 e contra a influenza e, ainda, mantemos o atendimento do calendário nacional de vacinação”, afirma.
O dado apresentado pelo Ministério da Saúde leva em consideração o trabalho realizado pelas equipes da Estratégia Saúde da Família e o atendimento nas Unidades Básicas de Saúde (UBS). No DF, são atualmente 129 salas em funcionamento com os imunizantes do Calendário Nacional de Vacinação.
“A gente praticamente dobrou o cadastramento do SUS e isso ajuda muito a monitorar a situação da vacinação. Vejam que mesmo com a pandemia, saímos de 700 mil pessoas cadastradas pelas equipes de Saúde da Família, em 2019, para 1,3 milhão em 2022”, destaca a secretária de Saúde, Lucilene Florêncio.
Conscientização
Apesar da liderança nacional, a gerente substituta de Doenças Imunopreveníveis da Secretaria de Saúde, Fernanda Ledes, lembra que a cobertura vacinal ainda precisa melhorar. “O Brasil de maneira geral não têm alcançado a cobertura indicada que é de 95% da população vacinável”, diz.
Na campanha de vacinação contra sarampo, das cerca de 19,5 mil crianças de seis meses a um ano aguardadas nas salas de vacina, o comparecimento foi de 43,8%. Já na campanha contra a influenza, até 17 de junho foram imunizadas 31,1% das crianças de seis meses a cinco anos.
Fernanda Ledes alerta para a necessidade de se vacinar contra doenças que ainda podem representar risco para a população. “A vacinação é necessária para que doenças que já estavam eliminadas não voltem a circular”, reforça.
A rede pública conta com imunizantes contra sarampo, caxumba, rubéola, varicela, tétano, hepatite e febre amarela, dentre outras doenças.
Atualmente, o Calendário Nacional de Vacinação prevê 27 doses de vacinas para crianças de até quatro anos e imunizações para adolescentes, adultos, gestantes, puérperas e idosos a partir dos 60 anos, além das campanhas de vacinação.
Estão disponíveis imunizantes contra a influenza para todas as pessoas com mais de seis meses e a contra a meningite para profissionais de saúde e adolescentes de até 19 anos que não tenham recebido nenhuma dose da Meningocócia C ou da Meningocócia ACWY.