Começou nesta semana, no Hospital Regional de Santa Maria (HRSM), o projeto Gestão de Leitos Centralizada, pelo qual 409 vagas de internação são monitoradas online. A iniciativa também monitora o tempo de realização dos serviços de limpeza e hotelaria a cargo de empresas terceirizadas. Sem nenhum custo adicional ao HRSM, as equipes de assistência aos pacientes e outras áreas do hospital, a segunda maior unidade de saúde pública do Governo do Distrito Federal (GDF), deixarão de ter que inserir informações sobre a ocupação de leitos, em plataforma digital, para focar mais em suas atividades específicas.
Esses benefícios foram destacados pela superintendente do HRSM, Eliane Abreu, ao comemorar o início da implantação do projeto nessa segunda-feira (31). “A implantação da Gestão Centralizada de Leitos promove um melhor e mais efetivo gerenciamento dos leitos operacionais no hospital e permite enxergar, com mais facilidade, toda a capacidade instalada [de leitos] nas áreas. O gerenciamento eficiente igualmente nos remete a processos de segurança do paciente em todo o ciclo de internação e a menos desgastes das equipes assistenciais, considerando que o processo anterior à gestão de leitos centralizada, ficava sob responsabilidade da enfermagem”, afirma.
Segundo o chefe de regulação do HRSM, Jonatham Pereira, o novo controle da capacidade instalada de leitos permitirá menor tempo para a ocupação dos leitos vagos. “Saberemos em tempo real as vagas disponíveis, o que levava mais tempo porque as enfermeiras tinham outras prioridades de atendimento dos pacientes. Essa parte burocrática ficará agora com a regulação”, explicou.
Checagem de informações
“Com uma visão integrada dos leitos disponíveis em toda a instituição, seremos capazes de antecipar de maneira ágil e proativa qualquer desafio relacionado à disponibilidade de leitos, minimizando tempos de espera e proporcionando um atendimento mais célere e qualificado”Jonatham Pereira, chefe de regulação do HRSM
A novidade adotada no sistema de informações digitais do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF) facilitará a oferta de leitos disponíveis com rapidez. “Com uma visão integrada dos leitos disponíveis em toda a instituição, seremos capazes de antecipar de maneira ágil e proativa qualquer desafio relacionado à disponibilidade de leitos, minimizando tempos de espera e proporcionando um atendimento mais célere e qualificado”, informou o gestor.
Com relação ao tempo de realização dos serviços de limpeza e hotelaria prestados por empresas terceirizadas, Pereira pontuou que, nos contratos firmados com as vencedoras de licitação, quando um leito fica vago, há sempre os tempos previstos, por exemplo, para os serviços de limpeza, arrumação e forração dos leitos e de hotelaria. “Isso vem nos relatórios das empresas, mas não conseguimos monitorar se esses prazos estão sendo cumpridos. Isso será possível agora”, comparou.
Concluído em sete meses, o projeto foi também enaltecido pela chefe do Núcleo de Gestão de Leitos Hospitalares do HRSM, Máslova Ayres: “Teremos agora como precisar o tempo de permanência dos pacientes e descobrir onde estão os gargalos para reduzir os custos das internações.”
O HRSM é administrado desde 2019 pelo IgesDF, além do Hospital de Base do DF e de 13 unidades de pronto atendimento (UPAs).