O Hospital Regional de Taguatinga (HRT) é uma das referências em cirurgias ortopédicas e oftalmológicas na rede de assistência da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF), atendendo demandas de pacientes tanto da emergência quanto de encaminhamentos do Complexo Regulador. Neste mês, o hospital completa um ano de força-tarefa, ainda em andamento e já realizou 820 operações na oftalmologia e mais de mil na ortopedia. A ação faz parte do projeto do Governo do Distrito Federal (GDF) para reduzir a fila de cirurgias eletivas, afetada pela pandemia de covid-19 e pelo aumento da procura diária.
O hospital tem otimizado as salas e as equipes disponíveis para realizar os procedimentos, inclusive no período noturno. O diretor do HRT, Felipe Motinha, destaca o empenho do GDF e da SES para a realização das cirurgias e para o melhor aproveitamento das equipes e dos espaços. “O HRT faz parte da estrutura da pasta para viabilizar as cirurgias e é referência na oftalmologia e na ortopedia. Já tivemos muitas conquistas com a ampliação de carga horária dos profissionais e com a aquisição de equipamentos”, afirma Motinha.
Maria Rita Dias, de 89 anos, é uma das pacientes operadas. Ela caiu em casa e fraturou o fêmur. Acompanhada da neta, Maria Rita se sente feliz por resolver o problema. “Estou apreensiva, mas feliz por ter solução. Quero ficar bem e depois conseguir voltar para casa”, diz. A paciente já está em recuperação do pós-operatório na unidade.
“Estamos empenhados em reduzir a fila dos procedimentos eletivos na rede pública do DF. Vamos seguir buscando o melhor para a população”Lucilene Florêncio, secretária de Saúde
Reforço na cirurgia eletiva
Por meio do Programa Nacional de Redução das Filas de Cirurgias Eletivas, Exames Complementares e Consultas Especializadas (PRNF) e da destinação de emendas dos 24 deputados distritais, a rede pública de saúde tem conseguido incrementar o número de procedimentos. Ao todo, a pasta teve o apoio e o empenho de R$ 34 milhões, montante que viabilizará a realização de 20 mil cirurgias. Atualmente, o Complexo Regulador registra fila de 31 mil pacientes, número que corresponde a todas as especia
lidades cirúrgicas.
A SES adquiriu equipamentos modernos para os procedimentos ortopédicos e conseguiu a ampliação da carga horária de médicos, enfermeiros, técnicos em enfermagem e especialistas. A medida foi implementada não só no HRT, mas em todas as unidades da rede.
A secretária de Saúde, Lucilene Florêncio, ressalta que, no conjunto dos esforços da pasta, também há uma ação temporária e necessária de complementaridade do Sistema Único de Saúde (SUS) com a rede suplementar, algo já praticado em todas as unidades da federação. “Estamos empenhados em reduzir a fila dos procedimentos eletivos na rede pública do DF. Vamos seguir buscando o melhor para a população”, garante a gestora.
Como forma de agilizar ainda mais as cirurgias dos casos oftalmológicos, a SES realizará mais de mil operações por meio de um edital de credenciamento para a contratação de serviços em hospitais na rede suplementar. O investimento total supera os R$ 2,8 milhões e, tanto o público adulto quanto o infantil, serão contemplados. As cirurgias elencadas são de catarata (350), estrabismo (104), vitrectomia (649) e retinopexia (3).