Uma semana após nomeação para conduzir a Escola de Governo do DF (EGOV)(14/Mar), a presidente, licenciada, do Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Saúde do DF (SindSaúde-DF), Marli Rodrigues (MDB), teve a exoneração publicada na Diário Oficial do DF, desta quarta-feira (22/Mar). No lugar da sindicalista, foi nomeada, diretora Executiva da EGOV, a gestora Juliana Neves Braga Tolentino.
Exoneração
O nome de Marli Rodrigues, servidora aposentada da Secretaria de Estado de Saúde do DF (SES-DF), na extinta função de Auxiliar Operacional de Serviços Diversos (AOSD), chegou a ser questionado em relação a condução da EGOV. Isso, em decorrência da formação acadêmica, de nível fundamental, para gerir uma escola de formação de servidores públicos do DF.
A Escola do Governo é vinculada a Secretaria de Estado de Planejamento, Orçamento e Administração do DF (SEPLAD) e atua na formulação, promoção e coordenação de políticas de formação e capacitação dos servidores públicos do DF.
Formação essa, declarada pela própria sindicalista, ao Tribunal Regional Eleitoral DF (TRE-DF), por ocasião do cadastro nas eleições de 2022. Ano em que disputou uma das oito vagas do DF, na Câmara dos Deputados, em que ficou na condição de suplente com 7.873 votos.
Livramento
À frente da pasta, Marli Rodrigues seria responsável por controlar um orçamento, que em 2018, foi estimado em R$ 10,3 milhões. Sob essa ótica, vale ressaltar que a sindicalista, enquanto presidente do SindSaúde-DF, conta com olhares atentos, por parte do Ministério Público do DF e Territórios (MPDFT), que em 2019, chegou a aceitar denúncia contra a sindicalista, por ter vendido à Cia Toy Brinquedos, por cerca de R$ 14 milhões, os precatórios do benefício-alimentação de cerca de 2.500 servidores. Isso, conforme denúncias ao MPDFT, sem ter realizado o devido repasse aos servidores.
Vale ressaltar ainda, que a exoneração, pode ter ‘livrado’ o governador Ibaneis, de uma dor de cabeça desnecessária futuramente. Isso porque, enquanto gestora, Marli Rodrigues, deixa a desejar. Um exemplo claro disso é que os oito funcionários, que ainda restam na folha de pagamento do SindSaúde-DF, reclamam que estão há quatro meses sem receber salários e demais benefícios.
Segundo informações obtidas, por Política Distrital (PD), de funcionário do Sindicato, sob sigilo de identidade a situação é crítica e o Sindicato já foi acionado na Justiça. “Estamos todos doentes com essa situação” disse ao observar que os trabalhadores alegam estar com quatro meses de salários atrasados.
Aliás, calote por parte do Sindicato é algo que os órgãos de controle acompanham a longa data. Basta lembrar a multa recebida pelo SindSaúde, em 2015, de R$ 7,5 milhões, aplicadas por parte do Ministério Público do Trabalho (MPT) ao Sindicato, após o sindicato descumprir Termo de Ajuste de Conduta (TAC) por cometer calotes sobre funcionários, apropriação indébita de Fundo de Garantia Sobre Tempo de Serviço (FGTS), Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF).
O SindSaúde-DF que, já possuiu diversos imóveis no coração de Brasília, ainda que após o considerado ‘golpe’, por parte de entidades sindicais ligadas à Saúde do DF, amarga com a falta de recursos, uma vez que a receita mensal repassada por parte da SES-DF, das sindicalizações, são consumidas por dívidas com credores.