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OMS: Pandemia da Covid deixa de ser uma emergência mundial em saúde

Por Kleber Karpov

Após um período de mais de três anos, 765,2 milhões de casos confirmados de infecção pelo vírus coronavírus (SARS-COV-2), com um saldo de aproximadamente 7 milhões de óbitos, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou, nesta sexta-feira (5/Mai), que a Covid-19,  não configura mais emergência em saúde pública de importância internacional.

De acordo com o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, o vírus, passa a ser classificado como um “problema de saúde estabelecido e contínuo”.

Ghebreyesus acompanhou de perto, desde a constituição do Comitê de Emergência do Regulamento Sanitário Internacional da OMS, em março de 2020. Sempre com reuniões periódicas, para analisar o cenário global de propagação, contenção e controle da doença, com a última sessão deliberativa realizada nesta quinta-feira (4/Mai).

Período esse, desde então, em que acompanhou todo processo evolutivo da doença, bem como das ações de rastreamento de focos epidemiolóigicos; definições de práticas de isolamentos; produção de insumos de testagem em massas, desenvolvimento e  tratamentos aplicados, produção de vacinas e até mesmo, combate de fake news.

Durante a última sessão, os membros do comitê destacaram a tendência decrescente de mortes por covid-19, o declínio nas hospitalizações e nas internações em unidades de terapia intensiva (UTI) causadas pelo vírus e os altos níveis de imunidade da população.

“Ontem, o comitê de emergência contra a covid-19 se reuniu pela 15ª vez e recomendou a mim que declarasse o fim da emergência em saúde pública de importância internacional. Aceitei a recomendação. Com grande esperança, declaro o fim da covid-19 como emergência sanitária global”, anunciou o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus.

Porém, o diretor-geral da OOMS deixou um alerta importante. “Entretanto, isso não significa que a covid-19 chegou ao fim enquanto ameaça global de saúde. na semana passada, a covid-19 clamava uma vida a cada três minutos – e essas são apenas as mortes das quais nós temos conhecimento”.

No Brasil

De Porto Alegre, onde teve encontro com o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), a ministra da Saúde, Nísia Trindade, ratificou o alerta de Ghebreyesus, que a Covid-19, continua a vitimar pessoas em todo país, consequentemente, a necessidade de a população continuar a se vacinar é imprescindível para o combate da doença no país.

“Ao mesmo tempo, o anúncio não significa o fim da circulação do vírus, mas uma mudança de abordagem. Ainda temos que ter cuidados, inclusive nos vacinando contra a Covid-19, o que em muitos países passou a compor o calendário anual, a exemplo da vacinação contra a influenza.”, declarou Nísia Trindade.

A ministra ponderou ainda para a importância de se combater a fakenews e desinformações sobre a eficácia das vacinas, de modo que o Brasil volte a recuperar o referencial de país eficaz na imunização da população.

“Devemos continuar a mobilização para ampliarmos a cobertura com a vacina bivalente e combatermos a desinformação, que questiona de forma improcedente a segurança e a eficácia dos imunizantes. Essa é a principal missão do Movimento Nacional pela Vacinação.”

Dados do Ministério da Saúde (MS), em relação a pandemia do coronavírus, apontam que o país, registrou um total de 37.45 milhões de casos confirmados e 701.49 mil óbitos. Ao todo, 512,86 mil doses de vacinas foram aplicadas.

Fonte: Ministério da Saúde – Vacinômetro Covid-19

Atualização: 05/05/2023 às 22h22 para inclusão de mais informações

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