O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) do Distrito Federal recebeu, este ano, uma doação de 21 ambulâncias do Ministério da Saúde. Porém, desde o recebimento, os veículos estão parados, pois ainda não têm seguro.
A Secretaria de Saúde do DF (SES/DF) informou, por meio de nota, que está “finalizando o processo de contratação de seguro”. Apesar disso, a pasta não deu uma previsão para que os carros comecem a rodar.
Um funcionário do Samu, que prefere não se identificar, reclama da demora. “Recebemos as ambulâncias no início de outubro, porque, atualmente, temos muitas baixas”, diz.
“Temos que entregar os plantões e ficamos devendo hora porque não tem ambulância para trabalharmos. Não temos manutenção das ambulâncias usadas e as novas estão paradas. Já tivemos casos em que não conseguimos atender ao chamado por falta de ambulância”, completa.
Atualmente, a capital federal conta com 38 ambulâncias do Samu, distribuídas entre as regiões, além de duas unidades de suporte avançado destinadas aos atendimentos neonatal e de saúde mental.
Veja a atual distribuição das viaturas:
- Região Central – 4 ambulâncias
- Região Centro Sul – 4 ambulâncias
- Região Leste – 2 ambulâncias
- Região Sudoeste – 10 ambulâncias
- Região Oeste – 6 ambulâncias
- Região Sul – 5 ambulâncias
- Região Norte – 5 ambulâncias
Após a publicação da reportagem, a Saúde informou que, até esta sexta-feira (18/11), deve receber todas as propostas para a contratação emergencial do seguro. O edital do processo foi publicado em 11 de novembro.
Falta de médicos no Samu
Atualmente, a cada sete dias, esses profissionais, juntos, prestam 2.340 horas de serviço no Samu-DF. No entanto, a carga necessária para o período seria 3.318 horas. As informações foram obtidas pelo Metrópoles via Lei de Acesso à Informação (LAI) e confirmadas pela Secretaria de Saúde.
No órgão, há 55 médicos lotados na Central de Regulação em Urgências e outros 44 nos sete Núcleos de Atendimento Pré-Hospitalar.
Conforme informado pela LAI, de acordo com a população estimada atual do Distrito Federal, preconiza-se o mínimo de cinco médicos reguladores no período noturno, em escala de plantão.