“Nós não podemos permitir que nenhuma doença imunoprevenível volte ao nosso território”. Foi assim que a secretária de Saúde do DF, Lucilene Florêncio, destacou o compromisso dos gestores públicos durante sessão realizada pelo Senado Federal, nesta quinta-feira (15), em alusão ao Dia Nacional da Imunização, celebrado em 9 de junho.
As iniciativas de vacinação extramuro realizadas no DF foram elogiadas pelo senador Marcelo Castro, que presidiu a sessão. O parlamentar destacou a importância do engajamento dos gestores públicos e da adesão popular para ampliar as coberturas vacinais. “Vacinação é um pacto coletivo; quem não se vacina, contribui para o aumento da circulação de doenças”, afirmou o senador, que criticou as fake news propagadas contra os imunizantes. “Nós precisamos estar todos unidos em torno da ciência”, frisou o parlamentar.
“Destaco o apoio e o entusiasmo do governador Ibaneis Rocha para ampliarmos as nossas coberturas vacinais”Lucilene Florêncio, secretária de Saúde
1,3 milhão de doses aplicadas
Na ocasião, a secretária ressaltou a atuação dos servidores da rede de saúde do DF nas ações realizadas tanto nas 130 salas de vacina quanto fora delas – em escolas, supermercados, shopping centers, feiras e órgãos públicos, entre outros locais. “Nós temos inovado e ido buscar todos os usuários do Sistema Único de Saúde [SUS] em suas casas, em seus ambientes de trabalho, em seu dia a dia”, explicou a gestora. Somente neste ano, o DF já aplicou mais de 1,3 milhão de doses contra a covid-19, a influenza e outras doenças.
Lucilene Florêncio lembrou ainda de parcerias com a Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), Ministério da Saúde e Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass). O próximo passo será a atuação junto à Secretaria de Educação (SEE) para levar a vacinação a 698 escolas. “Destaco o apoio e o entusiasmo do governador Ibaneis Rocha para ampliarmos as nossas coberturas vacinais”, disse.
Programa Nacional
Também presente à sessão, a ministra da Saúde, Nísia Trindade, lembrou que o Programa Nacional de Imunizações completará 50 anos em 2023, mas que houve queda nas coberturas vacinais. “Infelizmente o Brasil passou a fazer parte da lista de países de alto risco para a reintrodução de doenças”, explicou. A ministra reforçou a importância da ampliação de estratégias diferenciadas para as campanhas de imunização, como ocorre na capital federal.
No início do século 20, iniciaram os desafios das primeiras campanhas de vacinação no Brasil, conforme lembrou o presidente da Fundação Oswaldo Cruz, Mário Moreira. “Desde então, o país se tornou uma referência mundial [em imunização]”, destacou a ministra. “Vacina é produto da ciência, é um bem público. É um investimento que se traduz em salvar vidas”.
O sanitarista Cláudio Maierovichi demonstrou, durante a sessão, otimismo com o engajamento dos gestores públicos pela imunização. “Nós voltaremos a ser um país com altas coberturas vacinais”, projetou. Por fim, o professor da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo Gonzalo Vecina defendeu a manutenção dos orçamentos para a área.