Cerca de 200 servidores participaram de uma manifestação em frente ao Palácio do Buriti na manhã desta terça-feira (5/4). O ato organizado por trabalhadores do nível médio ocorreu de forma unificada, com a participação de seis entidades sindicais.
As categorias tentam negociar uma recomposição inflacionária de cerca de 10% dos salários com o Governo do Distrito Federal (GDF) — o impacto do reajuste é estimado em R$ 170 milhões. Para lideranças sindicais, a Lei Eleitoral não interfere nesse modelo de pagamento. Desde a última segunda (4/4), o GDF não pode conceder aumentos a servidores.
Ainda na segunda-feira, houve outro ato, mas na Câmara Legislativa do DF (CLDF). Participaram da manifestação as seguintes entidades: Sindicato dos Auxiliares e Técnicos em Enfermagem do Distrito Federal (Sindate), Sindicato dos Agentes de Vigilância Ambiental em Saúde e Agentes Comunitários de Saúde do Distrito Federal (SindiVacs), Sindicato dos Servidores Públicos Civis da Administração Direta, Autarquias, Fundações e Tribunal de Contas do DF (Sindireta), Sindicato dos Técnicos e Auxiliares em Saúde Bucal do DF (Sintasb), Associação dos Técnicos em Laboratórios e Associação dos Servidores Públicos em Saúde do DF (ASA-DF).
Para Isa Leal, diretora do Sindate, todos os sindicatos do nível médio foram preteridos na questão do reajuste. “A gente merece esse reconhecimento, essa valorização. Somos a maior força de trabalho da Saúde, com mais de 12 mil técnicos em enfermagem”, alega. A diretora reforça que a concessão de uma recomposição inflacionária é permitida em época eleitoral. “O que estamos pleiteando não é nada ilegal”, completa.
“Percebemos que luz, água, gás, gasolina e custo de vida estão aumentando, mas o salário dos servidores está congelado há, pelo menos, 7 anos. Estamos batalhando, justamente, pela recomposição salarial”, conta Rennê Souza, diretor de imprensa do Sindireta.
Ainda durante o ato, uma comissão dirigiu-se ao Palácio do Buriti para tentar uma negociação com o governador Ibaneis Rocha (MDB), mas não foi recebida pelo líder do Executivo local.
O Metrópoles entrou em contato com o GDF e aguarda retorno. O espaço segue aberto a manifestações.